terça-feira, 9 de setembro de 2008

Tendes o sal da terra

Li esta oração hoje de São Tomás de Aquino e gostei muito.

Concede-me, Deus misericordioso,
que deseje com ardor o que Tu aprovas,
que o procure com prudência,
que o reconheça em verdade,
que o cumpra na perfeição,
para louvor e glória do Teu nome.

Põe ordem na minha vida, ó meu Deus,
e permite-me que conheça o que Tu queres que eu faça,
concede-me que o cumpra como é necessário
e como é útil para a minha alma.

Concede-me, Senhor meu Deus,
que não me perca no meio da prosperidade nem da adversidade;
não deixes que a adversidade me deprima,
nem que a prosperidade me exalte.

Que nada me alegre ou me entristeça
para além do que conduz a Ti
ou de Ti me afasta.
Que eu não deseje agradar nem receie desagradar a ninguém,
exceto a Ti.

terça-feira, 26 de agosto de 2008

A vocação profissional

Acredito que toda criança escuta a famosa pergunta: “O que você vai ser quando crescer?” E assim, mesmo sem entendermos bem, crescemos com um questionamento vocacional dentro de nós. A palavra “vocação” vem do latim “vocatione” (substantivo) e significa “chamado”, “escolha”, “talento”, “aptidão” ou “vocare” (verbo), que significa “chamar”.

Podemos dizer que existem dois tipos de chamado: um humano e outro divino. O que chamamos de humano consiste na possibilidade de realização de todas as nossas capacidades ou talentos. A dimensão divina consiste no chamado a termos uma relação pessoal com Deus. As duas dimensões são igualmente importantes.

Hoje, no entanto, falaremos um pouco da primeira dimensão, ou seja, da humana. Na escolha por uma profissão é importante levarmos em conta a realização pessoal e o serviço ao próximo. Para descobrirmos a nossa vocação precisamos responder a perguntas como: Do que eu gosto? Quais são as minhas aptidões naturais? O que fala mais alto em mim quando penso em uma vocação? Responder essas perguntas é o primeiro passo para a descoberta de nossa vocação.
Entretanto, precisamos salientar que precisamos perceber em que temos uma maior habilidade e adaptar o nosso talento natural à realidade, pois o trabalho também possui uma outra dimensão que é a de prover a subsistência de cada um de nós.

Victor Frankl afirma que: “O trabalho pode representar o campo em que o ‘caráter de algo único’ do indivíduo se relaciona com a comunidade, recebendo assim o seu sentido e o seu valor. Contudo, este sentido e valor é inerente em cada caso, à realização (à realização com que se contribui para a comunidade) e não a profissão concreta como tal. Não é, por conseguinte, um determinado tipo de profissão que oferece ao homem a possibilidade de atingir a plenitude. Neste sentido, pode-se dizer que nenhuma profissão faz o homem feliz. A profissão, em si, não é ainda suficiente para tornar o homem insubstituível; o que a profissão faz é simplesmente dar-lhe a oportunidade para vir a sê-lo”.

A nossa profissão constitui-se numa possibilidade de nos colocarmos a serviço do outro, e é nessa possibilidade que o nosso trabalho ganha importância e significado, permitindo-nos a descoberta de quem realmente somos. A realização que vem do trabalho tem relação com o que há de mais específico e original em cada um de nós.

No exercício profissional podemos expressar, de forma única, quem somos e, assim, oferecer uma contribuição para a sociedade que somente nós podemos dar. Isso independentemente do que fazemos. Portanto, a questão não está no que fazemos, e sim, em como fazemos. Claro, precisamos estar atentos à realidade em que vivemos e as oportunidades que por um acaso possam surgir para bem aproveitá-las. Mas o mais importante é entendemos que não é uma profissão que faz o homem feliz; uma profissão apenas oferece oportunidade para sermos feliz. A verdadeira felicidade está em servimos ao outro e a Deus.

São Domingos Sávio dizia que: “Ser santo é cumprir bem os deveres e ser alegre”. Ele nos deixou a lição de que “trabalhar com alegria” é um bom caminho que podemos seguir rumo à santidade e, dessa forma, podemos unir as duas dimensões vocacionais: a humana e a divina.
Façamos tudo com alegria, na certeza de que independente da nossa profissão, independente do que nós fazemos, podemos contribuir para o bem de outros, podemos deixar a marca da nossa singularidade, pois somos “únicos e irrepetíveis” como bem dizia Victor Frankl. Procuremos viver a cada dia o princípio deixado por São Paulo: “Quer comais ou bebais ou façais qualquer outra coisa, façais tudo para a glória de Deus” (1Cor 10,31).

Manuela Melo
psicologia@cancaonova.com
Missionária da Comunidade Canção Nova, formada em Psicologia, com especialização em Logoterapia e MBA em Gestão de Recursos Humanos.

sexta-feira, 1 de agosto de 2008

Comentário de Max Gheringer (Consultor de RH) para Rádio CBN

Existem muitos gurus que sabem dar respostas criativas às grandes questões sobre o mercado de trabalho. Aqui vai um pequeno resumo da entrevista com o famoso Reynold Remhn:

Pergunto: Ainda é possível ser feliz num mundo tão competitivo?
Resposta: Quanto mais conhecimento conseguimos acumular, mais entendemos que ainda falta muito para aprendermos. É por isso que sofremos. Trabalhar em excesso é como perseguir o vento. A felicidade só existe para quem souber aproveitar agora os frutos do seu trabalho.

Segunda pergunta: O profissional do futuro será um individualista?
Resposta: Pelo contrário. O azar será de quem ficar sozinho, porque se cair, não terá ninguém para ajudá lo a levantar-se.

Terceira pergunta: Que conselho o Sr. dá aos jovens que estão entrando no mercado de trabalho?
Resposta: É melhor ser criticado pelos sábios do que ser elogiado pelos insensatos. Elogios vazios são como gravetos atirados em uma fogueira.

Quarta pergunta: E para os funcionários que tem Chefes centralizadores e perversos?
Reposta: Muitas vezes os justos são tratados pela cartilha dos injustos, mas isso passa. Por mais poderoso que alguém pareça ser, essa pessoa ainda será incapaz de dominar a própria respiração.

Última pergunta: O que é exatamente sucesso?
Resposta: É o sono gostoso. Se a fartura do rico não o deixa dormir, ele estará acumulando, ao mesmo tempo, sua riqueza e sua desgraça.

Belas e sábias respostas. Eu só queria me desculpar pelo fato de que não existe nenhum Reynold Remhn. Eu o inventei. Todas as respostas, embora extremamente atuais foram retiradas de um livro escrito há 2.300 anos: o ECLESIASTES. Mas, se eu digo isso logo no começo, muita gente, talvez, nem tivesse interesse em continuar lendo, pois se trata de um livro da Bíblia.

Max Gheringer para a CBN.

"Nem tudo que se enfrenta pode ser modificado, mas nada pode ser modificado até que seja enfrentado"

James Baldwin

quarta-feira, 18 de junho de 2008

Tudo coopera para o bem daqueles que amam a Deus!

Engraçado como as coisas acontecem... estou às buscas de como colocar a confecção do Sr. Léo para funcionar, legalizar a empresa, agregar valor. Busquei informações no SEBRAE e fui orientada a participar do Próprio, programa que visa orientar o candidato a empresário a se planejar através de um plano de negócios e através de orientações de um consultor. Problema: os horários batem com o meu horário de trabalho o que tornaria impossível! Quer saber, pensei eu, vou me inscrever para o primeiro módulo, que seria de manhã, e invento uma desculpa que tenho que ir ao médico e chegarei mais tarde, saio do trabalho então mais tarde pra compensar e fica tudo certo. Os outros módulos eu vou me virando para fazer... que nada ligaram depois do SEBRAE para informar que o curso teve seu horário mudado para a parte da tarde! Ou seja, babau! Sair às 15:00 h seria praticamente impossível! Mas confirmei com a telefonista minha presença no outro horário assim mesmo, o máximo que poderia acontecer era eu não aparecer!

Porém, como diz o título deste post, tudo coopera para o bem daqueles que amam a Deus! Posso até completar dizendo: para aqueles que confiam Nele e para os que têm boas intenções... pois não é que marcaram uma reunião no meu trabalho para o tal dia do curso às 8:00 h? Estava aí a deixa para eu sair mais cedo: cheguei mais cedo, posso sair mais cedo, e além disso ainda tem o álibe do médico. "Aproveitei a reunião e marquei o médico hoje, ele só atende esse horário, vê se pode?"

Pronto, deu tudo certo, o curso foi ótimo! Segundo problema: como dar continuidade ao programa? Não terei outra reunião às 8:00 e haja doença pra tanto médico! Eu já havia ligado para o SEBRAE de Niterói e os horários são os mesmos, sempre de 15:00 às 16:30 h. Contudo, como diz o título e meus acréscimos, no rádio corredor ouvi que em Niterói tinha turma à noite para o II módulo!

Pois é, o ditado é uma grande verdade!

quarta-feira, 14 de maio de 2008

Decálogo para ser fiel no casamento

  1. Refletir sobre o sagrado do matrimônio aos olhos de Deus é um caminho de realização pessoal e é sagrado porque vem de Deus, e o que Deus quer é sempre bom. É sagrado porque Cristo o elevou à dignidade de sacramento. É o símbolo do amor de Deus à humanidade. É muito proveitoso ler a Carta aos Efésios.
  2. Estar disposto a dar e a receber. Cada um tem um tesouro que deve estar disposto a compartilhar com o outro, cada um tem características próprias que deve por ao serviço do outro. A mulher é mais intuitiva, generosa, delicada, terna, com mais tato. O homem é mais pragmático, racional, firme. Mutuamente devem compenetrar-se e complementar-se nas carências de cada um. Há que dar e receber. Se só damos, esvaziamo-nos, se só recebemos, somos egoístas. O amor é dar e receber.
  3. Gastar-te-ás nos detalhes para com o outro. O detalhe é a essência, o extrato do amor. “Diz-me que detalhes tens com o teu esposo/a e dir-te-ei como é o teu amor”. Detalhes que uma mulher pediria ao seu esposo: Não te queixes por estares esgotado pelo trabalho; Não me interrompas quando estou a falar; Depois de uma discussão, não passes três dias sem me falar, zangado; Não me lembres continuamente as minhas faltas passadas; De vez em quando diz-me que estou bonita e atraente; Durante as refeições, presta-me atenção porque não sou uma parede; Fala-me um pouco do que vais fazer, ainda que seja trivial; Preocupa-te com os teus filhos quando chegas a casa; Colabora nas tarefas domésticas; Nalgum dia especial, leva-me a jantar fora; Dá-me um beijo ao despedir-te. Detalhes que um esposo pediria à sua mulher: Enche os meus tempos de descanso com paz e sossego e fala-me dos gastos no momento oportuno; Gasta menos, sê mais económica; De vez em quando elogia-me, elogia a minha carreira pois “o meu triunfo é também teu”; Nunca compares o nosso matrimónio com outros; Sê oportuna quando tiveres de me corrigir e nunca diante dos nossos filhos e amigos; Não te queixes por tudo nem discutas por insignificâncias; Não rejeites sistematicamente os meus programas de televisão, os meus gostos.
  4. Respeitar as características do outro. Não podemos mudar as características do outro, pelo contrário, devemos enriquecermo-nos com elas. O outro é diferente de ti, por isso respeita-o. O respeito significa capacidade de perdoar, abertura, não reparar nos defeitos do outro, compreensão. O respeito pode quebrar-se de três maneiras: com a palavra (dura, grosseira, ordinária), por atos (agressão física) ou com gestos (caras largas, desprezos, silêncios eloquentes). Há que saber ver as virtudes do outro e lisonjeá-las.
  5. Evitar discussões desnecessárias As discussões desnecessárias desunem e destroem a harmonia familiar. Não se deve discutir, deve-se analisar. Com as discussões ganham-se aborrecimentos, nervos, maus exemplos para os filhos, idas ao psicólogo ou ao psiquiatra.
  6. Superar o passado para não voltar a antigos episódios de ofensas. "Fugiste, disseste-me, deixaste de fazer, dizia-te", são frases de censura. O passado há que perdoá-lo com magnanimidade. Sobre o passado deve-se construir um futuro de amor e perdão. Se se fala continuamente das ofensas, a ferida não cura, não cicatriza, continua a supurar e termina com lesões.
  7. Dominar a tendência para controlar, vigiar o conjugue “Que fizeste, com quem estiveste?”. O matrimônio tem de ter como base a confiança no outro. Se continuamente se desconfia do conjugue, se se tem medo da infidelidade, se se vive com zelos, esse matrimónio é um tormento. O conjugue não deve ser nunca polícia do outro conjugue, mas companheiro e amigo.
  8. Cultivar o sentido do humor O bom humor oxigena o matrimônio. A vida não é uma tragédia nem uma comédia, é um drama com coisas boas e más. O humor alcança um bom nível de higiene mental. A pessoa sem humor torna-se desconfiada, mal-humorada, susceptível. O bom humor faz crescer o matrimónio em harmonia e paz.
  9. Gratifica o teu esposo/a com um dia azul e cada ano com um bom presente. Há que romper com a monotonia, a rotina. Há que sair para passear com a esposa e filhos, levá-los a almoçar fora, oferecer-lhes algo de surpresa, sem ter de esperar por comemorações, aniversários, etc.
  10. Integrar todos os aspectos do amor (afectivo, amistoso, sexual, espiritual) Afectivo: o amor afectivo comunica ternura. O que é a ternura? É esse meter-se no estado de ânimo do outro, partilhar esse ânimo. Como é possível que o esposo/a não se dê conta que o outro conjugue está doente, triste? Porquê? A ternura acerca-se da alma para dar compreensão ao outro, é altruísta, é desejo de compreensão, de aceitação do outro. Pelo contrário a sensualidade é egoísta, busca o seu próprio prazer, o seu próprio interesse de gozo. O amor efectivo no matrimônio manifesta-se através de uma carícia nobre, um sorriso. É desinteressado. Sexual: O sexo é um instrumento que Deus criou com duas finalidades: procriar (comunicar a vida) e para crescer no amor, na entrega dentro do matrimónio. Deste modo o sexo converte-se numa linguagem interior profunda com a ânsia de transmitir ao outro o que somos. É a entrega de toda a pessoa, se não se dá isto, é pura satisfação. A pornografia distorce o sentido do sexo. O corpo não é um bem de consumo, é instrumento de diálogo profundo de duas pessoas. Freud disse: “todos os males que nos acontecem, vêm-nos por reprimir o sexo” e aconselha dar-se o prazer. É evidente que esta afirmação é errada. Mas por sua vez a Igreja tem a sua regra sobre a vida sexual a qual deve ser: serena, equilibrada, sã e dentro dos limites da dignidade humana. O sexo dentro do casal, não deve ser o mais importante, o único. Se estas relações começam assim vão por mal caminho já que divinizam, entronizam o sexo. O sexo é um meio para o fim que já explicámos antes. Converter o sexo num fim em si mesmo é um erro. Amistoso: amar o outro como pessoa, respeitá-lo como tal. Encontrar no outro um outro eu com o qual partilhar alegrias, tristezas, consolos, dúvidas. É o amor que se dá ao outro na intimidade da pessoa. Revelamo-nos à pessoa a quem nos damos. Amar o outro buscando, querendo, protegendo, defendendo o bem do outro. O amor de amizade diz: eu quero-te porque és tu, faço-te feliz porque te quero, enquanto que o egoísta diz: fazes-me feliz porque me satisfazes. O egoísmo é o verme do amor. Ter um amigo é ter um tesouro, quem o encontre que não o perca. É um amor firme quando estamos débeis, alegre quando estamos tristes. Cristo é o nosso melhor amigo, logo deve seguir o conjugue com o qual vamos partilhar a nossa existência. Espiritual: Amar o outro porque é filho de Deus, é irmão em Cristo e temos que o amar com as mesmas características do amor divino: com amor de perdão, aberto, que anima, que reparte tudo o que tem, que sabe ver detrás não só o esposo/a mas um filho de Deus. Deus ama a todos com amor espiritual e transmitiu-o à humanidade através de Cristo para que assim possamos amá-lo melhor e amar os Homens por amor a Deus. Este amor aumenta-se com oração e sacramentos. Quem mais ora, mais amor espiritual terá. Se não se dá esta dimensão espiritual, as outras dimensões caem.

P. Antonio Rivero

Os Dez Mandamentos do Matrimônio

1. Amarás nas suas quatro dimensões.

  • Dimensão afectiva.
  • Dimensão espiritual.
  • Dimensão da amizade.
  • Dimensão sexual.

2. Respeitarás o teu conjugue.

O respeito perde-se:

  • Pela palavra.
  • Pelo silêncio (silêncios que matam)
  • Pelos gestos: (quando se chega a gestos violentos, acaba-se o matrimónio).

3. Conversarás com o teu conjugue. Saber escutar e falar. Não é mera tagarelice, mas partilha de tudo o que há no interior.

4. Gastar-te-ás em detalhes para com o teu conjugue (essa flor, esse gesto, essa palavra que sabes que lhe agrada).

5. Cultivarás o sentido do humor. A vida não é uma comédia, mas também não uma tragédia. É um drama, com coisas boas e más.

6. Oferecerás ao teu conjugue um dia de passeio por mês, a sós, sem os filhos.

7. Viverás o matrimônio não como uma meta, mas como um caminho. Se o consideras uma meta, é como dizer “já cheguei”, então já tudo terminou, canso-me, aborreço-me, apoltrono-me e termino com outra.

8. Não falarás das ofensas, defeitos e falhas a cada momento. O que passou, passou.

9. Saberás perdoar, inclusive a infidelidade.

10. Confiarás no teu conjugue. Os ciúmes matam o matrimónio.

Estes Dez Mandamentos devem sustentar-se em Deus, caso contrário são muito difíceis de cumprir.

Dez mandamentos para o casamento florescente

  1. Protejam seu dia livre a todo custo e passem-no juntos como casal e como família. Se uma emergência torna impossível que passem juntos o tempo habitual planejado, estabeleçam, de imediato, outro dia. Nada é mais importante que o tempo que passam juntos!
  2. Jantem juntos. Mesmo que tenham uma comida simples, transformem isso em uma ocasião especial acendendo velas e desligando a televisão. A conversa durante o jantar é para compartilhar e evocar recordações. Os assuntos de rotina podem ser comentados em outra hora.
  3. Deitem-se ao mesmo tempo. Nada debilita a intimidade com maior rapidez do que se deitar em horários diferentes. Esse é também um momento para compartilhar e pôr-se em contato. É uma oportunidade para assegurarem-se de que o atarefado programa de trabalho não os tem separado. Sem esses momentos reservados para dedicarem-se à intimidade, poderiam perder o contato nas pressões da vida.
  4. Não guardem rancor. Se insistirem em guardar as ofensas do passado, envelhecerão prematuramente e destruirão qualquer oportunidade que puderem ter para desfrutar o presente. Todos, alguns mais que outros, são ofendidos por pessoas muito queridas. Mas a única esperança para o casamento está na capacidade de perdoar e esquecer. Não permitam que as ofensas sofridas no passado roubem o gozo do presente.
  5. Não tirem férias separados. As experiências compartilhadas unem firmemente, enquanto que as experiências separadas distanciam um do outro. O tempo é um dos recursos mais valiosos no casamento. Não o gastem insensatamente.
  6. Não permitam que nada prive seu casamento do gozo sexual que Deus propõe que tenhamos. O sexo é um dom de Deus que deve ser desfrutado dentro dos vínculos sagrados do casamento. Foi dado como um meio de expressar amor e de proporcionar prazer, bem como com a finalidade de procriação. Assim como a verdadeira intimidade é mais que sexo, tampouco é menos que isso.
  7. Orem juntos. Nada é mais íntimo que a relação de um indivíduo com Deus. Ao convidar a esposa a compartilhar essa experiência, você lhe está abrindo a parte mais profunda de seu ser. No princípio poderão sentir-se ameaçados, mas as recompensas justificam esse esforço.
  8. Brinquem juntos. K. C. Cole escreve em Psychology Today: “Nem todos os casais felizes são iguais, de modo que não existe um teste para determinar um bom casamento. Mas se estudarmos os casais sistematicamente ao longo do tempo, é evidente que muitos deles partilham uma característica que denota com freqüência uma união florescente. Não é algo tão evidente como uma relação sexual satisfatória, ou interesses compartilhados, ou o hábito de analisar desapaixonadamente as brigas conjugais. Melhor dizendo, é a capacidade de se manifestar uma natureza brincalhona que transcende a diversão e reflete muito mais do que a capacidade de divertir-se juntos. Apelidos secretos, humor compartilhado, simulação de lutas, isso tudo pode parecer uma série de atividades insulsas, mas, no entanto, podem facilitar ou suavizar transações mais complexas e importantes, mas, potencialmente, dolorosas e até destrutivas.”
  9. As pequenas coisas significam muito. Com efeito, podem estabelecer a diferença entre um casamento medíocre e um casamento realmente bom. Geralmente, não são os presentes caros e nem as férias no exterior que determinam a qualidade de uma relação conjugal, senão as coisas pequenas. Uma mensagem de amor num bilhete deixado em seu escritório, ou um lindo cartão com pensamentos românticos para ela. Uma expressão bondosa, ajudar no cuidado das crianças, escutar com atenção, dá a sensação de que ele ou ela se preocupa com o outro.
  10. Prometam-se mutuamente, não só fidelidade física mas, também, fidelidade emocional. As necessidades emocionais dos cônjuges devem ser satisfeitas somente no casamento. Não permitam que os amigos, a família ou a carreira satisfaçam essas “necessidades pessoais”. Elas devem ser providas mutuamente e são a fortaleza da relação interpessoal.

quinta-feira, 1 de maio de 2008

São José Operário: Rogai por nós!

Hoje tive um dia bem agradável, recebemos aqui em casa a visita de dois casais amigos: Wagner e Aleide, João e Nivia.

Ontem fomos ao mercado e desde já comecei a preparar o almoço, hoje acordei cedo terminei de preparar a comida, meu marido me ajudou com a limpeza da casa.

A comida estava muito boa (modéstia a parte), assistimos DVD do casamento e vimos fotos. Depois partilhamos bastante sobre nossas vidas, como cada casal se conheceu, como Deus se fez presente na nossa história. Rezamos, cantamos, rimos e choramos...

Foi um dia de paz, de comunhão fraterna de filhos de Deus, irmãos em Cristo. Momentos preciosos, amigos que nasceram pela fé!

Que São José Operário, patrono das famílias, nos abençoe, e que nos acompanhe e seja sempre exemplo para nós de como vivermos dóceis à palavra de Deus, com Jesus e Maria!

sexta-feira, 25 de abril de 2008

A MULHER QUE TRABALHA POR DOIS

Muito se tem escrito sobre liderança, motivação, delegação e gestão do tempo para executivos. E é possível perceber que quase todos os textos são escritos por e para os homens, que ao chegarem em casa descansam e pensam consigo mesmo: dever cumprido por hoje!
Será que as mesmas soluções sobre tempo se aplicam às mulheres executivas ou, de uma maneira geral, àquelas que trabalham durante o dia, e quando chegam em casa iniciam outra jornada como mães, mulheres e donas de casa?

Nos dias de hoje se espera das mulheres um desempenho semelhante ao dos homens nos ambientes de trabalho. Talvez até um pouco mais, como se isso fosse necessário para provar que elas são capazes de trabalhar tão bem quanto eles. Tudo que se espera da gestão do tempo de parte de executivos e profissionais no trabalho é válido para ambos os sexos.O problema é que ao chegarem em casa, passa a haver uma distinção entre ambos. Não é que muitos homens hoje em dia não ajudem em casa, mas admitamos: não é regra geral.A imagem clássica da chegada do homem em casa, desde os tempos de nossos avós e pais, mostra o homem sendo recebido pela mulher com um par de chinelos, indo tomar seu banho e jantando logo a seguir. A mulher tinha ficado em casa cuidando para que tudo desse certo nessa hora.

Mas isso mudou, e muito. Não é raro encontrar mulheres que saem de casa antes e retornam depois dos maridos, têm responsabilidades maiores no trabalho, são mais qualificadas e até ganham muito mais que eles.

Os reflexos disso no trabalho são inevitáveis, mas algumas dicas podem ajudar nessa delicada tarefa:

  • é preciso que as mulheres admitam que vão ter que lidar com problemas domésticos mesmo estando longe de casa, como o filho que se machuca ou não quer comer, as lições do colégio e o atraso do motorista levando as crianças para o ballet e o judô
  • os homens também devem aprender a conviver com as mesmas, pois os minutos que elas gastam com a casa as deixam tranqüilas e as fazem render muito mais logo a seguir, certas de que seus problemas foram resolvidos
  • é bom que as empresas também aceitem isso tudo como normal daqui em diante; afinal, não são elas que falam tanto em qualidade de vida?
  • O reflexo na vida familiar e da casa também é grande, e uma nova postura se torna necessária, principalmente por parte dos filhos e do marido:
  • a primeira e grande mudança é o estabelecimento de um pacto de ajuda mútua, no qual não se espera que o outro faça, mas se faz quando é necessário, cabendo a nós realizar naquele momento aquilo que outros não podem fazer por qualquer motivo (abrir a porta para a diarista, tomar recados ao telefone ou receber a roupa que o tintureiro está entregando)
  • todos devem ter tarefas a cumprir, e não apenas esperar que a dona de casa o faça (afinal, é obrigação dela…). Exemplos típicos são arrumar a cama e botar a mesa
  • participar do processo de compras de supermercado, açougue ou padaria, olhando não apenas o seu lado, mas também a casa e a família. Isso implica em comprar não só as guloseimas, mas também detergente, lâmpadas, sabão e saco de lixo entre outros
  • respeitar ao máximo as regras da proação, principalmente se a casa não tem empregada ou se não é dia da diarista. Traduzindo: não deixe o copo na pia após beber água, pois ele não se lava sozinho; estenda a toalha após o banho, pois ela não voa da sua cama para o varal por si mesma!
  • evitar de todas as formas adotar posições comodistas e fugir das responsabilidades dizendo: isso é sua mãe quem decide!

Às listas acima podem ser acrescentadas mil outras frases, simples como essas ou não, mas o recado importante está dado: empowerment, delegação, team building, proação, planejamento e comunicação tem lugar não apenas no trabalho mas sobretudo em casa.

Respeitar a mulher que trabalha fora de casa ou não é a proposta da nova família. Dividir com ela as responsabilidades domésticas é sinal de respeito e maturidade. É reconhecer que as mudanças no trabalho têm mais chances de ocorrer se eu souber implantá-las antes no meu ambiente familiar, onde os erros e acertos são tratados com amor e carinho, e não como veículos de competição e medição de resultados.

Além disso tudo, quantas famílias só realizam sonhos maiores de viagens, estudos e conforto por que são as mulheres executivas que garantem todos ou grande parte desses sonhos?


FERNANDO HENRIQUE DA SILVEIRA NETOCONSULTOR DO MVC - INSTITUTO M. VIANNACOSTACURTA ESTRATÉGIA E HUMANISMO

quinta-feira, 17 de abril de 2008

Inauguração

Bem, já tem um tempinho que criei este blog mas confesso que ainda não tive coragem de postar nada... não tenho certeza se quero que as pessoas saibam o que penso e faço. Então por que criei um blog?

Talvez pela necessidade de me comunicar, pela necessidade de organizar melhor meus pensamentos e sentimentos, coisa que faço melhor escrevendo que falando.

Então está aí, o post de inauguração. Não sei o que virá pela frente, provavelmente artigos sobre religião (católica), vocação, vida cotidiana da mulher moderna, sentimentos, desabafos, ou talvez nada... por grande período de tempo.